A família dele era grande e o salário muito pequeno, mas ele amava o Senhor, e não desistiria de pregar o Evangelho por nada, nem mesmo em troca da coroa de um reino!
Muitas vezes ele me contou como o Senhor supriu as necessidades deles.
Ele possuía um pequeno sítio de onde conseguia subsistência, e tinha uma vaca que fornecia leite para seus vários filhos. E aconteceu que certo dia a vaca simplesmente caiu e morreu.
Vovó exclamou: “James! Agora como é que Deus vai prover sustento para nossos filhos?! Como é que vamos conseguir leite?!” “Mãe”, ele respondeu, “Deus disse que vai prover, e eu creio que, se quiser, ele pode nos mandar até cinquenta vacas.”
Acontece que naquele dia um grupo de cavalheiros estava reunido em Londres. Várias pessoas que meu avô não conhecia faziam parte de uma comissão que distribuía dinheiro para ministros pobres, e tinham distribuído a todos os que tinham escrito pedindo.
Meu avô jamais pediu dinheiro algum. Ele gostava de trabalhar para ganhar o próprio dinheiro. Ele não tinha pedido nada nem mandado solicitação alguma.
Muito bem, depois de esses cavalheiros terem feito a doação a todos que tinham pedido, sobraram cinco libras, e eles estavam pensando o que deveriam fazer com esse saldo. Um deles disse: “Bem, eu sei de um ministro bem pobre, um tal Spurgeon, que mora em Stambourne, em Essex. Ele com certeza precisa de cinco libras.”
“Muito bem”, disse outro, “então não vamos mandar apenas cinco libras para ele; eu acrescento mais cinco. Eu o conheço e sei que é um homem digno.”
“Não”, disse outro cavalheiro, “Não mande apenas dez libras. Eu dou mais cinco se alguém completar o valor de vinte libras.”
Na manhã seguinte, chegou uma carta endereçada ao meu avô. Mas era preciso pagar nove centavos para recebê-la!
Vovó não gostou de pagar nove centavos por uma carta, mas nela havia vinte libras...
Enquanto meu avô abria a carta, perguntou a ela: “Mãe, você não consegue confiar em Deus a respeito de uma vaca velha?”
Estou lhes contando essas coisas e vocês dão risada, e está certo, devem rir mesmo, mas oh, a minha alma ri e minha boca se abre de orelha a orelha quando penso em como Deus tem sido fiel para mim! Eu posso contar a respeito do meu avô, mas não vou falar a respeito de mim mesmo, porque demoraria mais. Do dia em que deixei a casa de meu pai até hoje, se não há nenhum outro homem no mundo que pode falar da fidelidade de Deus, eu posso! Eu preciso, eu quero, e ninguém vai me impedir de me gloriar nisso!
Ele nunca mentiu para mim, nem nunca faltou comigo, nem jamais me abandonou, mas sempre cumpriu fielmente a sua Palavra em todas as circunstâncias. Não; às vezes, eu acho que ele foi além da sua Palavra, e fez por mim muitíssimo mais além do que eu entendi que ele estava me prometendo; ele excedeu as minhas expectativas mesmo quando eram enormes!
Se convidássemos os irmãos aqui, um por um, para se colocaram de pé e lhes perguntássemos: “Irmão, Deus tem cumprido sua palavra contigo nos tempos passados? Conta-nos o que tens descoberto a respeito dele”, todos eles dariam testemunho da fidelidade de Deus! E não são apenas os irmãos, mas há também muitas senhoras idosas aqui, há muitas viúvas, há muitos crentes pobres e experientes, e à medida que olho em volta, sei a história de alguns de vocês, e sei o que vocês diriam. Com certeza, seria isto: “Bendito seja o seu santo nome, não falhou nenhuma das boas coisas que o Senhor Deus prometeu”.
Fonte: Revista Medita Estas Coisas
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